segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Tudo Kombinado

Primeiro modelo produzido no Brasil.


O nome Kombi vem do alemão Kombinationfahrzeug que quer dizer "veículo combinado" (ou "Veículo Multi-Uso", em uma tradução mais livre). O conceito por trás da Kombi surgiu no final dos anos 1940, idéia do importador holandês Ben Pon, que anotou em sua agenda desenhos de um tipo de veículo inédito até então, baseando-se em uma perua feita sobre o chassi do Fusca.

Os primeiros protótipos tinham aerodinâmica terrível, porém foram retrabalhos na Faculdade Técnica de Braunschweis, e finalmente, após três anos passados desde o primeiro desenho, o carro ganhava as ruas em 8 de março de 1950.

No Brasil o grupo Brasmotor passou a montar o carro no Brasil em 1953 e a partir do dia 2 de setembro de 1957 sua fabricação - o que faz do veículo o primeiro Volkswagen fabricado no Brasil, e o que esta há mais tempo em produção. O Brasil é o único lugar no mundo onde o modelo ainda é produzido.

O Brasil na metade do século.


Em 1950, a maioria da população ainda morava e trabalhava no campo. A economia estava em declínio. O Brasil tinha como sua principal fonte de renda a exportação de café e importava praticamente tudo. Porém, na segunda metade da década, o então presidente Juscelino Kubitscheck entendeu que o país nao poderia mais depender da cafeicultura e decidiu implantar a industria automobilistica, para alavancar a economia, antevendo seu poder de atrair outros negocios relacionados, como industrias de autopeças, revendas, ocicinas e fundições de ferro
Ele criou o GEIA - Grupo Executivo da Industria Automiobilística, facilitou a entrada de capital extrangeiro, investiu na criação de siderúrgicas e também de estradas. Era o princípio de plano de desenvolvimento, que pretendia levar o país a dar um pulo de "50 anos em 5" , incluindo a construção de uma nova capital, Brasília, e transformando a indústria pesada, na menina dos olhos da nação.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Nasce um novo ritmo: Rock'n Roll

Musicalmente falando, quem primeiro definiu o estilo rock and roll foi Bill Haley, que baseado principalmente no country criou uma batida diferente acentuada no segundo e quarto tempos de uma marcação 4x4. A data mais comumente aceita como a da criação do rock and roll é a do lançamento da música (We’re Gonna) Rock Around The Clock de Bill Haley and The Comets, em 12 de Abril de 1954, embora dezenas de gravações anteriores já apresentassem um ou outro fator do que viria a se cristalizar como rock and roll.


Bill Haley e Elvis Presley - Depois deles, a musica nunca mais foi a mesma.


Embora criado um ano antes o rock and roll só viria a explodir definitivamente em 1955, em grande parte influenciado pela inclusão de Rock Around The Clock como música de abertura do filme Blackboard Jungle (Sementes da Violência) sobre relações tumultuadas entre alunos e professores. Uma juventude a cada dia mais delinquente e em busca de herois sem relações com herois do passado rapidamente adotou (para pavor da parcela mais conservadora da sociedade) a rebeldia como exemplo a ser seguido, e por tabela a música do filme como catalisador desta rebeldia. Obviamente o novo tipo de música passou rapidamente a ser associado à degeneração da juventude, o que tornava ainda maior seu fascínio, em um ciclo vicioso irresistível.
Prova definitiva de que o rock and roll seria a mais lucrativa música de consumo dos próximos anos viria com o pagamento de inéditos 45.000 dólares pelo passe de Elvis Presley (que chegara a ser aconselhado a voltar a dirigir caminhões menos de dois anos antes) para a gravadora major RCA Victor.


Copas do Mundo na Década de 50!

Copa do Mundo de 1950 - Brasil
A Copa do Mundo de 1950 contou com a participação de 13 países. Trinta e três participaram das eliminatórias. O campeonato ocorreria no Brasil. Para a ocasião, foi construído o Estádio Municipal do Rio de Janeiro, o Maracanã. O Brasil organizou um mundial que só foi superado décadas depois. O Brasil de Zizinho, Barbosa, Bauer e Ademir (que foi artilheiro da Copa) foi brilhante, mas perdeu na final para o Uruguai, em pleno Maracanã, pelo placar de 2 a 0.





Copa do Mundo de 1954 - Suíça
A Copa do Mundo de 1954, foi sediada na Suíça de 16 de junho até 4 de julho. Era o ano do 50º aniversário da FIFA, portanto era apropriado que a competição máxima do futebol fosse jogada no país de seu órgão maior, e a Suíça foi escolhida como anfitriã em julho de 1946. O torneio foi vencido pela Alemanha Ocidental ao bater a Hungria na final por 3 a 2 sacramentando assim o primeiro título aos germânicos.
Pela primeira vez uma Copa teve cobertura pela televisão, e moedas comemorativas foram cunhadas por causa do evento. A partir dessa Copa, o Brasil passsou a usar o uniforme com a camisa amarela e o calção azul. Depois da derrota no Mundial de 1950, o uniforme antigo (camisa branca e calção azul usado desde 1919) foi considerado uma das fontes de azar.



Copa do Mundo de 1958 - Suécia
Pela primeira vez, os habitantes do país-sede, a Suécia, podem assistir aos jogos ao vivo pela TV. A Copa é disputada de 8 a 29 de junho. O Brasil é campeão pela primeira vez, sob o comando de Pelé e Garrincha, gênios que haviam começado a competição no banco de reservas. O jogo mais difícil da seleção é contra o retrancado time de País de Gales, nas quartas-de-final: 1 a 0, com gol de Pelé no segundo tempo. Nas semifinais, a forte seleção da França, famosa por seu poder ofensivo, é goleada por 5 a 2, naquela que é considerada a final antecipada. Na decisão de fato, com camisas azuis, o Brasil goleia a Suécia, também por 5 a 2.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Design dos anos 50.

Depois da Segunda Grande Guerra, é preciso romper com as amarras do passado e procurar novas tendências que apontem para o futuro. O avião supersônico, a estrutura do átomo, a arte moderna, tornam necessário inaugurar uma nova ordem estética onde o futuro é já.

Disso resulta uma época de muito exagero! A palavra de ordem é Futurismo. Esta é a tônica de toda uma indústria montada pelo esforço de guerra. É preciso fabricar, e fabricar muito... Criar um mercado mundial que absorva de tudo, até o mais supérfluo. E a forma é o apelo supremo. O plástico é a matéria prima, tudo é de matéria plástica. Por ser maleável, o plástico substitui com vantagem a madeira, o metal, materiais nobres. Aglomerados, revestimentos, tudo em nome da produção.

Carros, casas, móveis, utensílios, tudo reproduz o movimento, a fluidez. O objeto, mesmo parado, deve sugerir movimento, pronto para alçar vôo. A arte fornece a paleta de tons berrantes alternados com tons pastel, os ângulos alternados com amebas. O "moderno" tudo incorpora, para criar uma nova forma, combinação de antípodas. Nos cinqüenta, até o mais simples objeto deve anunciar os novos tempos, e com seu formato aposentar o anterior. O "antigo" é vinculado à estética pré-guerra e portanto, obsoleto. As cores devem ser vivas, daí os corantes para os alimentos, a tinta "martelada", a gelatina colorida, os tons cintilantes (tinta com flocos metálicos). Com a promessa da energia nuclear, barata e não-poluente, tudo passa a ser atômico, até o pincel (hoje, pilot).
Todos os produtos trazem no nome a promessa do desempenho: Futuramic, Hydra-Matic. O tradicional ainda tem seu lugar nessa indústria. Mas quem poderá resistir ao apelo do novo?


terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Modernização: Música, teatro e política.

Foi na década de 50 que o Brasil começou a se modernizar. Foi nesta década que chegou ao Brasil a televisão, ocasionando profundas mudanças nos meios de comunicação.
A imprensa falada ganha corpo com rádio levando informação aos mais remotos rincões, o mundo passa por uma efervescência cultural atingido o Brasil com uma intensa movimentação tanto na música quanto no cinema, teatro, sendo a Bossa Nova um grande exemplo desses movimentos.
O país engatinha a caminho da modernização, passando de país agrário, com a maior parte da população morando no campo a caminhar para a industrialização com a população migrando do campo para as cidades proporcionando um grande crescimento destas e se urbanizando. Esta década se caracteriza por uma profunda modificação na sociedade brasileira.

Anos 50 e a revolução na moda feminina.

Os anos 50 trouxeram mudanças comportamentais que, ainda hoje, fazem parte das mulheres. Foi a década conhecida como os ‘Anos Dourados‘, que significou o retorno da feminilidade, já que a guerra tinha acabado e com ela a escassez de produtos e matérias-primas.

As palavras da vez eram glamour e sofisticação. Era tempo de cuidar da aparência. Basta lembrar que durante essa época, surgiram as divas do cinema: Brigitte Bardot, Grace Kelly, Audrey Hepburn, Rita Hayworth e Marilyn Monroe.

Longe do glamour das Divas, a mulher da vida real também tinha e queria se dedicar a sua aparência. Porém, junto a isso, vinham suas outras ocupações: ser mãe, esposa e dona-de-casa. Por essas necessidades, surgiram, nos anos 1950, muitos aparelhos eletrodomésticos: os fabricados nos Estados Unidos visavam a praticidade imediata e os europeus, o design e a durabilidade, bem ao estilo modernista.

As mudanças comportamentais vividas no pós-guerra atingiram a aparência da mulher e da sua casa com muitas novidades. Mas um outro ‘movimento’ atingiu a todos daquela década, a febre chamada rock’n'roll. Com ele, surgiu a busca pelo novo, pela sua própria identidade, uma moda mais personalizada, ainda que massificada.