quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Design dos anos 50.

Depois da Segunda Grande Guerra, é preciso romper com as amarras do passado e procurar novas tendências que apontem para o futuro. O avião supersônico, a estrutura do átomo, a arte moderna, tornam necessário inaugurar uma nova ordem estética onde o futuro é já.

Disso resulta uma época de muito exagero! A palavra de ordem é Futurismo. Esta é a tônica de toda uma indústria montada pelo esforço de guerra. É preciso fabricar, e fabricar muito... Criar um mercado mundial que absorva de tudo, até o mais supérfluo. E a forma é o apelo supremo. O plástico é a matéria prima, tudo é de matéria plástica. Por ser maleável, o plástico substitui com vantagem a madeira, o metal, materiais nobres. Aglomerados, revestimentos, tudo em nome da produção.

Carros, casas, móveis, utensílios, tudo reproduz o movimento, a fluidez. O objeto, mesmo parado, deve sugerir movimento, pronto para alçar vôo. A arte fornece a paleta de tons berrantes alternados com tons pastel, os ângulos alternados com amebas. O "moderno" tudo incorpora, para criar uma nova forma, combinação de antípodas. Nos cinqüenta, até o mais simples objeto deve anunciar os novos tempos, e com seu formato aposentar o anterior. O "antigo" é vinculado à estética pré-guerra e portanto, obsoleto. As cores devem ser vivas, daí os corantes para os alimentos, a tinta "martelada", a gelatina colorida, os tons cintilantes (tinta com flocos metálicos). Com a promessa da energia nuclear, barata e não-poluente, tudo passa a ser atômico, até o pincel (hoje, pilot).
Todos os produtos trazem no nome a promessa do desempenho: Futuramic, Hydra-Matic. O tradicional ainda tem seu lugar nessa indústria. Mas quem poderá resistir ao apelo do novo?


Nenhum comentário:

Postar um comentário